segunda-feira, abril 16, 2007

Concurso - O melhor e mais espectacular post de todo e sempre e mais ainda

Informam-se as duas pessoas que ainda visitam este blog com regularidade que se encontra aberto o concurso para "O melhor e mais espectacular post de todo e sempre e mais ainda". Não há qualquer tipo de fiscalização externa deste concurso, pelo que não estão presentes elementos do Governo Civil de Lisboa, nem de outro sítio qualquer.

O regulamento do concurso é o seguinte:

1 - O post apresentado a concurso tem de ser original, e não pode ter sido publicado anteriormente em qualquer formato (incluindo anotações com marcador em portas de casa de banho públicas).

2 - O post deve versar a problemática dos casalinhos, apoiando plenamente a posição ideológica do blog odeiocasalinhos, abstendo-se de expressar posições contrárias, diversas, ou disjuntivas. Posts que não cumpram este requisito serão contemplados por uma questão democrática, mas serão rejeitados ao longo do processo com base num pormenor técnico insignificante, ou noutra desculpa mais ou menos esfarrapada do género.

3 - O título do post que concorre deverá começar com "Concurso OdeioCasalinhos 2007: ", seguido do título específico do post, criado pelo seu/sua autor/a.

4 - No final do post deverá existir um link para este regulamento ().

4 - A publicação do post será da responsabilidade do/a concorrente, que deverá deixar um comentário neste post com o link para o post que apresenta a concurso.

5 - Júri: O júri deste concurso é constituído pela equipa editorial do blog odeiocasalinhos, dado o reconhecimento internacional da sua expertise inigualada em questões de ódio a casalinhos. A decisão do júri é final e não admite recursos. Ou seja: a decisão é final? É. Admite recurso? Não.

6 - Prémios: De entre os posts submetidos a concurso, será atribuído um primeiro prémio, para o melhor e mais espectacular post de sempre e mais ainda, que consistirá na publicação integral do post vencedor no blog odeiocasalinhos. Haverá possibilidade de atribuição de menções honrosas, em número indeterminado. O júri reserva-se o direito da não atribuição de qualquer prémio, caso a qualidade dos posts apresentados não seja considerada suficiente, ou se não lhe apetecer.

7 - Prazos: Os posts concorrentes deverão ser publicados e linkados nos comentários deste post até dia 15 de Maio de 2007. A decisão do júri será divulgada até 15 de Junho de 2050, salvaguardando-se a hipótese de haver atrasos indefinidos.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

IVC em referendo

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária do casalinho, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado? E por opção do outro elemento do casalinho que não a mulher? E depois das 10 semanas, tipo mais que 10? E em estabelecimento de saúde ilegalmente autorizado ou legalmente desautorizado (ou mesmo qualquer combinação de "legalmente", "autorizado" e dos respectivos antónimos)? E se a pergunta começasse com "discorda" em vez de "concorda", dado que os concordes deixaram de ser utilizados em vôos comerciais? E se eu agora me desviasse completamente do tema e começasse a escrever coisas sem sentido mas que soem a palavras portuguesas, como por exemplo, jublatina cavriélio niso? E navrino comeptado de seginheiro progaquem? Tornualdas que achola caloma e lintamos?

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Natal dos casalinhos: news update

É com muito agrado que venho transmitir esta notícia. O projecto de realizar um "Natal dos casalinhos" (à semelhança do popular "Natal dos hospitais"), até agora mantido em segredo para evitar aproveitamentos publicitários, ganha definitivamente forma e formato. E formol (devido a um patrocínio tardio de uma empresa farmaceutica anónima).

O projecto de realizar um mega-espectáculo transmitido na televisão nacional e, quiçá, internacional com tradução simultânea foi abandonado. Apesar das propostas multimilionárias das mais eminentes emissoras televisivas de Portugal, Estados Unidos e do Mundo Árabe, o autor deste blog optou por um formato em radio amador (cujo sinal será emitido em frequência e formato a especificar). Esta emissão contará com a apresentação de Jorge Gabriel e de Serenela Andrade ou então de dois estranhos com máscaras de Jorge Gabriel e de Serenela Andrade feitas a partir de impressões domésticas das suas respectivas caras, atadas atrás da cabeça com um cordel. Espera-se também a presença em directo de várias centenas de casalinhos nos estúdios. Para além disto, está também confirmada a presença de um Pai Natal de cera ultra-realista (ou seja, com olhos que mexem), e que ganhará voz através da participação por Skype do actor James Earl Jones, formato Darth Vader, mas natalício que é tipo o Darth Vader normal, mas com um barrete de natal na cabeça e um sabre de luz que pisca ao ritmo de jingles típicas da estação (pilhas não incluídas). Para concluir, obtivémos também a aceitação de Floribela para participar neste evento, mas dissémos-lhe que estávamos confusos e que se calhar iámos optar pela Delfina.

O objectivo, acrescente-se, ambicioso, deste evento é fazer chegar a magia do Natal (não confundir com a magia de outra ocasião festivo-religiosa, aliás por isso é que foi seleccionado o termo 'Natal' e não, por exemplo 'Páscoa') a todos aqueles que, pelo facto de pertecerem a um casalinho, não podem participar na diversão natalícia com as suas famílias e amigos.

Os pormenores finais do evento serão divulgados atempadamente em clips publicitários de 30 a 45 minutos em horário nobre e em outdoors publicitários gigantescos. Ou então neste blog.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Paris: Capital mundial dos casalinhos



sexta-feira, agosto 04, 2006

Casalinhos na praia

É com alguma tristeza que informamos que não há nenhuma praia com bandeira azul na costa portuguesa. Isto significa que em todas as praias sujeitas a avaliação, não foi encontrada uma sequer que esteja livre de casalinhos. De facto, o teor de casalinhos encontrado nas análises à água das praias portuguesas é alarmante. Pior, os especialistas defendem tratar-se de um fenómeno permanente e ao que parece irreversível, ao contrário por exemplo da maré vermelha em que a contaminação das águas pode ser revertida.

De qualquer modo a investigação prossegue, e talvez um dia possa ser possível termos praias livres de casalinhos. Já se inventou a placa que proíbe a presença de animais de estimação na praia, talvez um dia alguém descubra algo semelhante para casalinhos. Mas até lá a única viabilidade é mesmo o protector de casalinhos. Semelhante a um protector solar em relação aos raios ultravioleta (UV), o protector de casalinhos filtra os casalinhos, minimizando os efeitos prejudiciais destes. O factor de protecção é importante - recomenda-se que use um factor elevado (acima de 50) nos primeiros dias de exposição, pois o seu organismo não estará preparado para apanhar com casalinhos. Porém conforme se for adaptando poderá diminuir o factor de protecção, já que o seu organismo estará também a reagir por si próprio. Não menospreze o poder dos casalinhos - embora à partida possa pensar que é só um escaldão de casalinhos, pela e passa, os efeitos a longo prazo da exposição prolongada a casalinhos pode ser fatal. Por isso não corra riscos. Mesmo após vários dias de exposição, não se esqueça do protector de casalinhos.

quinta-feira, junho 01, 2006

Jantares de casalinhos: Prolegómenos a todos os estudos etnográficos futuros

É um facto sobejamente conhecido que os jantares de casalinhos são um caso paradigmático da vida dos casalinhos (uma vida particularmente odiosa, relembre-se). Deste modo é inegável a relevência de estudar este fenómeno de modo a aumentar a nossa compreensão sobre os casalinhos – know thy enemy. As linhas que se seguem destinam-se a ajudar aqueles que, por um rasgo de falta de sorte, se vejam na situação de ir parar a um jantar de casalinhos. A recomendação é que, caso se dê essa infelicidade, se aproveite a situação para realizar um breve estudo etnográfico, já que não vale a pena desesperar nem cometer actos puníveis pelo código penal.

Por “jantar de caslinhos” entende-se um jantar em que se juntam vários casalinhos para uma sessão de convívio casalínhico - não deve confundir-se com “jantar de casalinho” em que apenas o casalinho vai jantar, o que é uma situação igualmente odiosa, mas normalmente menos irritante já que as hipóteses de irmos parar a um destes jantares é relativamente baixa. Estes eventos fazem parte de um grupo mais geral conheido como “encontros de casalinhos” que abrange, para além dos jantares, cafés, lanches, passeios a pé (normalmente ao pôr do sol), fins de semana fora e férias em conjunto. Destes vários encontros aquele que se presta mais facilmente a análise é o jantar, já que se desenrola num período de tempo que nem é muito curto (como um café ou um lanche) nem muito longo (como um fim de semana ou férias). As vantagens deste facto consistem em, por um lado, sendo um período relativamente curto não termos de os aturar durante muito tempo, e, por outro lado, demorar o tempo suficiente para que os fenómenos inter-casalínhicos se tornem visíveis.

Os jantares de casalinhos dividem-se em dois grandes grupos: os jantares fora de casalinhos (a não confundir com jantares de casalinhos fora, que significa um jantar de um casalinho que é fora, ou seja, que se veste de forma alternativa, tem bolsas dependuradas a grandes distância dos ombros, e alterna citações de autores desconhecidos e, largamente, irrelevantes com comentários do género “usaste demasiado raid para te veres livre dos mosquitos e sem querer mataste o vizinho de cima? ai, isso é tão dostoyevskyano...” e “sim, de facto ficar preso no elevador evoca sensações kafkianas... isso faz-me lembrar um dia em que pedi uma salada de tofu e courgetes que trazia uma barata enorme...”), e os jantares em casa de casalinhos. Começaremos pelos primeiros já que a probabilidade de encontrar alguém conhecido com quem precisamos de ter uma consersa urgente, sim, sim, tem de ser mesmo agora, isto não pode esperar, desculpem lá, mas combinamos para uma próxima, é substancialmente maior. Se isto acontecer o estudo deve interromper-se imediatamente por motivos éticos. Seria imoral sequer sugerir a alguém continuar num jantar de casalinhos quando surge uma hipótese de fuga.

Jantares fora de casalinhos:

Um primeiro aspecto a ter em consideração em jantares fora de casalinhos é a selecção de lugares. Tradicionalmente os casais sentam-se frente a frente ou num registo cruzado de modo a evitar os efeitos preversos da pertença a casalinhos. Isto obrigava os casalinhos a descentrarem-se da sua situação levando os seus membros a comportarem-se como pessoas normais durante a duração do jantar, conversando com outras pessoas e alimentando-se. No entanto esta tradição (quiçá milenar, ou pelo menos existente desde a invenção dos jantares fora) tem vindo a ser alvo de extermínio sistemático. Actualmente quando há jantares fora de casalinhos, os membros destes tendem a sentar-se lado a lado. Embora as razões para tal fenómeno sejam, em larga medida, desconhecidas, tem-se vindo a especular que se deve a “ser mais querido”, pois permite que o casalinho segrede ao ouvido um do outro, dê as mãos, troque carícias, descanse a mão na perna do outro/a e se envolva em abraços, beijos e até (nos piores casalinhos) em cenas que na maior parte dos países Ocidentais são citadas na lei sob o título de “atentado ao pudor”. Ora este tipo de práticas comuns aos casalinhos actuais torna o jantar uma ocasião particular (e particularmente odiosa). Em primeiro lugar as “conversas” tendem a decorrer entre casalinhos em vez de entre indivíduos; em segundo lugar devemos ressalvar que “conversas” é claramente um eufemismo. Não há conversas reais, pois os membros dos casalinhos estão na verdade a interagir entre si, pondo a mão aqui, mexendo o pé para alí, trocando um olhar de “sim, é isso fofinho!” ou “’tás parvo!? Claro que não!” (sim, este tipo de olhares termina sempre com pontos de exclamação). Nos casos mais graves a conversa que tentamos estabelecer com um dos membros do casalinho (normalmente o masculino) é abruptamente interrompida por uma expressão de dor no nosso interlocutor. Embora não tenha sido provado, há autores que argumentam que estes casos correspondem a situações em que o membro (normalmente feminino) do casalinho dá uma canelada ou pisa violentamente o seu companheiro por não gostar do rumo que a conversa está a levar ou simplesmente porque quer atenção. Nos casos menos graves as conversas são interrompidas no momento em que o membro do casalinho com quem estamos a falar se apercebe que o outro membro do casalinho também está a ter uma conversa independente. Aí a conversa que estava a ser mantida connosco cessa e o membro do casalinho intromete-se na conversa do companheiro/a, reestabelecendo a homeostasia casalínhica. O inverso também pode acontecer, isto é, ter um membro do casalinho a intrometer-se na nossa conversa com o seu/sua companheiro/a, exclusivamente para a minar.

A única alternativa contemporânea a este tipo de utilização de lugares conhecida corresponde à situação “homens vs. mulheres”. Neste caso os membros de casalinhos do sexo masculino sentam-se em lugares adjacentes e os membros de casalinhos do sexo feminino fazem o mesmo, criando dois grupos homogéneos em termos de sexo dos seus elementos. Esta situação, porém, corresponde apenas à formação de pseudo-grupos, pois não há união real de género. Por outras palavras, homens e mulheres não estão, respectivamente, juntos no sentido de se apoiarem mutuamente, pois acima do grupo está sempre o outro elemento do casalinho. Nestes casos o controlo dos respectivos é feito à distância, através da troca de olhares aprovadores ou reprovadores tais como “És mesmo gira... És a mais gira de todas...” ou “Não acredito que lhes estás a contar que as minhas cuequinhas fio dental de renda acetinada preto brilhante fizeram um efeito fisga entre o meu dedo grande do pé direito e o tornozelo esquerdo e foram parar ao pátio da dona Josefa do rés-do-chão esquerdo traseiras...” (atente-se que estes olhares, ao contrário dos anteriores, acabam sempre em reticências; presume-se que seja por causa da distância).

No fim do jantares fora de casalinhos verifica-se um efeito quase absoluto. As pessoas estão sempre mais cansadas do que se fosse um jantar de pessoas descomprometidas. Está tudo cansado e vão todos para casa, considerada uniformemente como o sítio ideal para descansar. As alternativas à ida para casa – como tomar um café nalgum lado, tomar um copo, sair à noite – são normalmente consideradas, mas, chegando à fase da votação, perdem sempre. Nas raras ocasiões em que este efeito não se verifica e os casalinhos encetam por uma das alternativas (normalmente tomar um café, aliás, um cafézinho rapidinho, só um bocadinho mesmo, porque estão mesmo mesmo cansados) o casalinho fecha-se novamente sobre si próprio, mas desta feita fazendo questão de mostrar o grande favor que estão a fazer aos outros presentes em brindá-los com a sua companhia. Respostas monossilábicas, cabeças deitadas em ombros de companheiros/as em sinal de cansaço brutal e comentários sarcásticos acerca da situação são comportamentos frequentes.

Jantares em casa de casalinhos:

A investigação deste tipo de jantares de casalinhos tem sido escassa por motivos óbvios. Ir parar a casa de alguém onde está a decorrer um jantar de casalinhos é pior que estar preso num elevador com um desportista adolescente acabado de sair do treino, antes de tomar banho, com mau hálito e flatulento. É uma situação kafko-dostoyevskyana: não há escapatória possível e a vontade de cometer homicídio em massa ultrapassa a consideração de qualquer remorso que possa advir no futuro (e isto é especialmente monty-pytoniano se o jantar for, por acaso, massa). Esta é a grande diferença deste tipo de jantares em relação aos anteriores. Existem algumas outras diferenças documentadas, como o facto de, dado muitas vezes não haver lugares suficientes à mesa, os elementos dos casalinhos se sentarem ao colo dos seus/suas companheiros para jantar, mas este domínio permanece ainda relativamente desconhecido devido aos riscos inerentes ao processo de inquérito.

A única conclusão a extrair aqui é que jantares de casalinhos são eventos a evitar sempre que seja possível jantar com pessoas normais ou mesmo sozinho/a. No entanto é também importante ter atenção, no caso infeliz de nos envolvermos em tal situação, pois a informação obtida poderá ser útil a outras pessoas inocentes que se deparem com o mesmo problema no futuro.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Esclarecimento

(a todos a quem possa interessar e, por uma questão democrática, também àqueles a quem não interessa nada, isto, claro, ressalvando quaisquer posições de interesse intermédio como 'relativamente interessado/a', 'interessado/a mas, tipo, um bocado nas tintas, numa onda de não havia mais nada para fazer', e outras)

A ausência de post em Janeiro tem um significado profundo. Dado que todos os post publicados até agora tiveram uma periodicidade mensal (ou seja, saiu um por mês, ou noutras palavras os posts estabeleceram uma relação de um-para-um com os meses tal que, sendo M um mês e P um post, para cada M existiu um P o que implica a sucessão M1 - P1, M2 - P2,... Mn - Pn), esta ausência torna-se dissonante da política de periodicidade até agora estabelecida.

Este facto não foi acidental. Aliás, como referi, tem um significado profundo.
Teríamos chegado a um estado de graça do universo em que tivessem acabado, como que por magia, os casalinhos? Não, claro que não, aliás grande parte (mais de 86,34%, de acordo com algumas estatísticas, incluinido entre elas algumas ex-trabalhadoras do INE actualmente reformadas) dos desejos pedidos aquando do consumo das 12 passas da passagem de ano foram desejos relacionados com casalinhos.
Será que não havia nada odioso a relatar acerca do vil mundo dos casalinhos? Também não, já que a é a própria existência de casalinhos é uma fonte do mal. Por exemplo, embora não seja do conhecimento público, toda a poética do eixo do mal de George W. foi originalmente criada como forma de expressão de um sentimento difuso de stress conjugal intenso. A sua aplicação a problemas políticos internacionais foi apenas uma pequena extensão.
Então porquê esta quebra da coerência periodicial? Alguns agitadores poderiam proclamar que isto de odiar casalinhos é sempre uma questão de ressabianço, o que carrega a sugestão implícita de que o autor teria caído em desgraça. Contra eles volto a relembrar o primeiro post deste blog onde se procurou explicar porque é que ressabianço e ódio a casalinhos não são uma e a mesma coisa - este é um caso claro em que o conselho intelectual a seguir é "não penses, olha."
Como este post não é muito longo o fundo é já a seguir, e o significado está pra lá.

(Nota: o fundo do post começa aqui)

A ausência de post é na realidade muito simples. Epah, não deu. Podia vir agora com uma história, porque o post estava escrito e não sei quê, mas o meu cão comeu-o e ai que chatice. Mas era claramente um erro. Eu nem sequer tenho cão. E de qualquer modo essa do "o cão comeu-o" é só uma importação rafeira (o que é bastante irónico) do original anglófono "my dog ate it". O original soa a "my dog hated" e isso poderia ter algum interesse para este blog, por exemplo na frase "Casalinhos are so bad, they're something even my dog hated." Mas em portugês... enfim.

Aproveito para terminar este esclarecimento com uma palavra séria de aviso: aproxima-se o dia 14 de Fevereiro e a máquina dos casalinhos já está em marcha em todo e qualquer estabelecimento que contenha qualquer produto remotamente oferecível a namorados e/ou namoradas. Estes movimentos antecipatórios podem ser prejudiciais à saúde, mas dificilmente serão fatais. O grande problema terá lugar no próprio dia 14, em que todos os restaurantes parecerão um remake, numa versão 'casalinhos', do filme "A Noite dos Mortos-Vivos", onde zombies invadem cidades e não deixam sobreviventes, tudo com efeitos especiais ao bom estilo dos filmes de série-B. De facto há muitas semelhanças entre zombies e casalinhos. Por exemplo, os zombies não têm vontade própria e comem os cérebros de seres humanos normais, mas fora estes há muitos outros pontos em comum. Segundo o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil: "A forma mais segura de passar o dia 14 e em especial a noite de 14 para 15 é manter-se num local fechado e escuro, com 1) provisões suficientes para pelo menos 3 dias, 2) um receptor rádio a pilhas e pilhas de reserva e 3) uma lanterna (também a pilhas). Deve escutar atentamente as instuções das forças de protecção civil e não sair até o estado ser declarado seguro. Por isso, não deve usar as pilhas de reserva na lanterna, pois correrá o risco de ficar sem pilhas para o rádio. Isto a não ser que tenha um aparelho que funcione como rádio e lanterna ao mesmo tempo. Nesse caso pode utilizar as pilhas de reserva na lanterna-rádio, mas não se estique no seu uso, senão fica sem rádio e às escuras (correndo o risco de pisar e/ou tropeçar nas provisões). Se por acaso o seu modelo particular de lanterna-rádio for uma lanterna-rádio-que-em-vez-de-som-traduz-tudo-para-código-morse-com-o-ligar-e-o-desligar-da-luz deve, caso não fale código morse fluentemente, equipar-se com um manual de código morse, de preferência em braile pois estará escuro quando precisar de recorrer a ele." (http://www.snbpc.pt/fev06-casalinhos.htm).